15 de maio de 2013

Angelina, Respeito e Admiração

Foi ontem tornada pública a notícia da dupla mastectomia da Angelina Jolie. Depois de ver a mãe perder uma luta de um década para o cancro, e sabendo que possui um gene, BRCA1, que lhe atribuía uma hipótese de 87% de desenvolver cancro da mama e 50% de cancro dos ovários, decidiu tomar uma opção preventiva.
Eu admiro-lhe a coragem e a determinação e o modo elegante como procedeu e tornou pública a sua situação.
Os tratamentos a que sujeitou demoraram três meses e passou por 3 cirúrgias, algumas delas com muitas dores e sofrimento como a própria descreve no seu relato. Mas fez questão de passar por toda esta fase só com o apoio do marido e da família. Sem revistas e media envolvidos. Sem exploração de imagem ou fazer-se de vítima para o mundo. Quantos casos nós já assistimos, que por muito menos vêm para as revistas dar entrevistas exclusivas (enteda-se pagas) para dizerem: "Olhem para mim, sou tão coitadinha tenho uma unha encravada!"
A dignidade, de como ela dá a notícia através de um relato pessoal no jornal "The New York Times", é de louvar. Não é numa revista cor de rosa qualquer, é num jornal sério e de respeito, porque o assunto que trata também é sério e merece todo o respeito.
Já li comentários de pessoas que acham exagerada a posição dela e criticam.
Eu compreendo totalmente a decisão que ela tomou. Se um médico me desse uma notícia como a que ela recebeu, eu não estaria sempre a pensar se ia ter cancro ou não. Eu estaria constantemente a pensar QUANDO! Porque com uma probabilidade dessas seria uma questão de tempo. E como é que se vive com essa dúvida todos os dias? Como é que uma pessoa se abstrai? Como é que não se entra em depressão?
Como ela tão bem frisa no seu relato ela tomou esta decisão pelos filhos, porque os ama e quer vê-los crescer. Como é que ela conseguiria ser uma boa mãe, uma mãe presente com aquela preocupação presente todos os dias a toda a hora? Penso que seria impossível. Até porque são seis crianças! SEIS! :)
Eu como mulher e mãe acho que a sua decisão foi de uma coragem extraordinária, e dou-lhe os meus parabéns por isso!

It was made public yesterday the news of Angelina Jolie double mastectomy. After seeing her mother losing a fight of a decade for cancer, and knowing to have a gene, BRCA1, that attributed her a chance of 87% developing breast cancer and 50% for ovarian cancer, she made to take a preventive decision.I admire her courage and determination and the elegant way that she proceeded and made public her situation.Subjected to treatments that lasted three months and after three surgeries, some of them involving a lot of pain and suffering, as she describes in the article she wrote. She went through this whole phase only with the support of her husband and family. No magazines and media involved. No image exploration or presenting herself as a victim to the world. How many cases we've seen, that for much less people come to the magazines for exclusive interviews (to be paid) to say, "Look at me, I'm a poor little thing that got a hangnail!"
The dignity in the way she gave the news and explained her reasons through a personal account in the "The New York Times," is to be apprecciated. She used
a serious and respected newspaper, because that is also a serious subject that deserves respect.I've already read comments from people who say she over reacted and criticize her position.I totally understand the decision she made. If a doctor gave me the same news as she received, I would not think if I would ever get cancer or not. I would be constantly thinking WHEN! Because with such a high probability would be a matter of time. And how do you live with this question every day? How do you abstracted yourself from it? How don't you get depressed?As she points out so well in her report she made this decision for her children, because she loves them and wants to see them grow. How could she be a good mother, a present mother with such concern every day every hour? I think that would be impossible. And don't forget that she have six children! SIX!  :)I, as a woman and mother, think that her decision was extraordinary brave and I give her my congratulations and best wishes!

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